segunda-feira

Falemos de mim, então.
Do que aconteceu neste véu de tempo em que a porta se fechou, se trancou e eu deitei a chave para o mar imenso do esquecimento.
Falemos de mim e do que não lembro mais. Tão pouco dele.
O tempo cura tudo, diz o povo, e tem absoluta razão.
Nem sequer uma mágoa ficou para contar a história. Ou prosseguir num rosário de lamentações àcerca de um tempo perdido, de um amor derrotado.
Arrasto o meu saco.
Tanta coisa nova e no entanto, tanto do que já vi e do que conheço. Não me venham falar de loucuras: o consciente de cada um faz-se da maneira que cada um mais gosta. O meu de plástico, em saco de lixo, são coisas descartáveis, não regressam, não se emendam, são isso mesmo, lixo.

1 comentário:

marisa disse...

Que bom estares de volta! Eu já sabia há algum tempo, mas só hoje também regressei para acompanhar o teu "falar de ti".
tua fã
marisa