terça-feira

Fins de semana longos só trazem prejuízo à empresa.
E às pessoas: Maior probabilidade de se aborrecerem lá por casa, saturarem-se da cara que aguentam dia e noite.
A Paula e o Daniel separaram-se mas os problemas não cessaram com o fim da relação. Era óbvio que aquilo tinha de dar mau resultado e os fragementos da bomba ainda por muito tempo haveríam de andar pelo ar à espera de assentaram -claro!- nos seus protagonistas.
O Daniel nunca largou o ninho à séria e a Paula, despeitada e vista como a má da fita, desmancha-lares, é agora olhada pelos outros como presa fácil. Pela mulher do Daniel como a puta de serviço. E pelo Daniel como a encomenda que não se consegue ver livre.
Tudo isto é muito divertido.
Não fora o rendimento ficar aquém, porque na verdade, os problemas de dentro de casa nunca ficam do lado de fora do escritório, e quem se lixa sou eu.
Eu, a bruxa.
Eu, a mal-amada.
Não me aflige minimamente o juízo e as alcunhas que me põem. Por vezes até retiro algum gozo da imaginação tão débil com que me premeiam. Se eu estivesse no lugar deles havería de arranjar uma maneira para me calar a mim própria.
... Mas como não estou, posso dar-me ares de bruxa, se é isso que me acham.

Sem comentários: