quinta-feira

O trabalho continua a ser o meu momento alto. A minha inspiração. As minhas manhas,o meu saber técnico e conquistador.
Mas os tempos estão mesmos dificeis e a recessão não dá tréguas e eu tive de aprender a fazer concessões para que a firma não perdesse clientes e conseguisse ganhar outros.
No fundo, dobrou-se o trabalho para atingir exactamente os mesmos rendimentos.
E eu tive de me desdobrar igualmente em chefe de equipa já que - ponto assente - o Magalhães não tem mais condições de trabalhar comigo.
Isso sería terrível e completamente suicida. Ele a saber de mim como sabe , as interferências a nível de trabalho, nem pensar.
As poucas entrevistas que fiz para admissão de alguém deram-me um cansaço tremendo: nada de inovador, interessante, tudo muito plane, básico, muito cru. Eles cheio de jogo para me impressionar, elas muito rigidas e masculinizadas.
Na verdade o Magalhães desempenhava muito para além do que um chefe de equipa tem como funções atribuídas e, confesso-o, a mim falta-me a veia contemporizadora dele que moderava os humores desta malta.
Continuo a funcionar muito na base da ordem a cumprir quando as coisas parecem não ter sido entendidas à primeira, e a paciência esgota-se em menos de um fósforo perante quezilias de um não querer desenvolver um qualquer projecto com determinado elemento só porque desacordam em coisas do foro privado.
Trabalho todos os dias, sem excepção.
Ao Domingo lá vou ao beija-mão da minha Mãe à hora do almoço, mas o resto do dia levo-o pendurada em pesquisas.
Quando páro sinto-me cansada.
Quando retomo energizo-me.

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